27 de maio de 2007

Sim, isso é...sou detrás de mim...

A questão com resposta? A doença?
Ainda que façam silêncio, os passos sigilosos perfuram a pele.
Olho-te e recordo-me de ti, vejo-te a ti.
Esse olhar frente ao mar, porquê?
O tempo cansa e a espera esperando-te, foi tomando o vôo.
Beijos de sol, sempre o sol.
Acima o sol, antes do amanhecer.
O pacto é inconsciente, a actriz inocente não o actor, mas brilham em cristal de liberdade.
Voltaram num vôo de seda sobre a praia?
Choram olhando-se na demasia que os circunda, num final como mudança e passo por detrás de mim, subo as escadas.
Com a fricção das palavras vês a vertigem antes do desfecho do tabu, num sussurrar de gestos
que apontam para...
Como é que não há um escuro?
Gestos suaves que roçam o fio, a desgarrar com a tua língua de diamante, atravessando o fogo
que muda a voz, entoando afinado e teatralizando mais um.
A acção como figura, Morrison Paris a questão brutal.
No fim, os barcos estranhos, espiavam as tuas palavras no deserto da praia.
Invisível, na noite dançando à volta, se queima extasiado debaixo da água no caminho da lua.
Tentei recompôr-me numa palavra, dissestes que não dói, e não sei partir, sei partir-me.
Sou feliz?
Há um jardim e
Há flores
Há cinzas e
Há canções
Há mortes de ilusão
Há um sol e uma manhã fria, ruído de pássaros.
A mesa está servida por detrás do fogo, ali
Num passeio real
Não é um pesadelo, não.
Um sonho numa noite de corpos.
A liberdade e os lábios que projectam letras,
Lágrimas nos olhos
A emoção
A criação conjunta é forte da religião...
Sim, isso é...
Sou detrás de mim...

25 de maio de 2007

SOL

O silêncio traz o ruído

Traz tudo, traz a alma

Traz o nada

Traz a chuva e o sol

Traz o sol teu vento

Teu corpo

Teu reflexo nítido na escuridão

És referência

Sobras no espaço



Volta

Cansa-te do tempo

Descalça-te para amar-me

E fá-lo subitamente mal

Entrega-te ao acaso doce

Liberta-te da tua bandeira "roja",

Teu sorriso basta

Teus lábios simples

Teu rosto limpo

Liberta-te


Sol...

12 de maio de 2007

...

Sim, reconfortam-me os sons que desenvolvem emoções, e fazem sentir viva a alma.
Não gostas de dançar. Este é um disco para disfrutar, como primeiro track, para seres transportado... onde...?
A música apresenta-se num bar fresco dos anos... aí bebe-se um coktail de limão...que o vento tras "delicodocemente" às mãos.
Não danças, mas a música abre-te o passo. Leva-te a mão a dizer o teu nome, que não é a tua assinatura, nem o teu mote e te deixa ser tudo o que é liberdade com o sorriso que se expande entre o fumo branco de uma vela acesa.
"O que te faz ser feliz agora"?
Notada a tua presença envolta numa luz suave de uma noite primeira....
Há luzes que nos vestem a todos, alguém pede um cigarro e isso é parte do ritmo, dançamos?
Sinto, sentes que conectam os ombros, a coluna e dançamos, há alentos e suspiros...
Olhamos com os olhos fechados e sem pressa.
O ritmo é exacto e o que une também.
É o cume das sensações...aceitam-se revelações. Há palavras que ficam por dançar, com os seus nomes nus...
O fumo baixou de densidade, agora o fogo é como um chão, que leva grandes vendavais e parece que amanhece, sem ressaca, sem dor...

TEMPO...

Ontém tentei fotografar a marca que deixastes, percorrida sobre uma circunferência e surpreendi-me trauteando a canção de computador.
Mas pela noite chegou a missíva, como prova de que estamos longe, não sei porquê, mas o sinal persiste...
Como às vezes outras noites, transitando nas minhas articulações, a frase encurtada, avisando que a luz de fora dói e vai assustada, como se o foco estivesse estragado.
Recortado como um corpo de chuva fechado num tabuleiro, para sair com um sorriso de vago encontro com o nada,
ficam as palavras
desconectadas
famintas
fome de quase um ano
Nunca contei verdadeiramente, agora que..."festejo"... e não estás.

6 de maio de 2007

4 de maio de 2007

DESENHOS......?

Verbo que se conjuga em cada um com sentimento, que se desperta no outro, sem dono no duelo de um encerramento só, só em um verbo.
Porque risos são cumplíces,que contextualizam uma viagem com emoções, de entrega plena e pura, que se perdem na chuva que decresce a atenção e procura luzes num cenário para estar á frente de...
Sacrilégio...
Assim, a borboleta é um acorde que se abre,
Queiram ouvir o grito,
Tempo!!
Vou...
Talvez o vento, possa resgatar o caír das pétalas sem voz.
Lamentavelmente não importa,
Porquê?
Porque primeiro há que fazer com que se gere, e desperte para poder captar a atenção e aí...
O fulgor da velocidade, forjou em sobredoses de ar e logo a asfixia da solidão, verborrágica fundou a sombra.
Os corpos vibram em frente à voz
Os corpos vêm o sol
Os corpos dançam
Os corpos não sentem hoje
Não podem retratar os impulsos, e muito menos ser a voz, cada vez mais estou...
Centro a atenção, aceno ao sol marcando o tempo, assumindo o passo e trespasso, a transação e a intertextualidade generalizada do imaginário colectivo.
Quantas obras sofri? Quanta verdade há sobre a lua, o sol e o seu lado escuro?
Amanhã a mesma força desfeita. Integra na queda, a sua mais profunda dor e vive a chama residente. Borboleta que tanto comprime, e capaz de concentrar o poder e ardor debaixo da pele.
A larva começa a sangrar, a desgarrar a seda, toma consciência de si e se assume afogando-se dentro do casulo. Não sente ar, não foge para o mar. Germina na flor para cantar assim, a fúria frente ao sol, incluindo debaixo das horas da lua. Canalizar numa esquina frente às sombras da madrugada o canto do adeus, e abrir as janelas ao sol.
Sonhaste em sonhar assim, e lastimam as pedras, eu sei... Só a tua voz, só o silêncio. A música em frente ao cansaço, e a eternidade da melancolia, há acordes vivos nesta tormenta, que tenta apaziguar-nos dentro e fora.
Divino o gesto.
A velocidade da queda e o ardor omnipotente, como motor das lágrimas, procura a paz; isto é o amor, isto é a vida.
A incondicionalidade é a chave dos tempos.
Algo me beijou e antes de tudo, vamos reinventar o conhecimento das nossas verdades, na invenção da nossa alquimía, dispostos a ser um acorde de melodias púrpuras.
Sem cores ninguém sabe imaginar, sabes de dentro do sol, que chove e se tinge de cinzento, o canto é a cor.
Um círculo de luz beijou-me os olhos
Sonhar um final e desenhar outro
As palavras foram muitas, e as vozes serão tão só uma...
Crisálida borboleta que é acorde,
Acorda
Voa
Vai
Fostes
Fui...
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