24 de junho de 2007
A sinceridade nos sonhos...
A paixão por desfazer a memória.
eu acredito na loucura
eu respeito a loucura
eu temo a loucura.
A cadência está aqui,
as incoerências dentro, bem dentro.
O ritmo da improvisação digita comportamentos e vomita sensações que se libertam ao abrir as portas.
O sentido de pertinência está a jeito, inclusive para o autor. A busca dele e a assimilação da construção como algo próprio, caracterizando-o é também uma questão de tempo.
Reler e repensar. A certa velocidade a pausa e a revisão encontram quem sabe o primeiro mel e desnudam de uma vez a magia essencial sobre a qual foram fundadas as bases.
Aqui e agora tudo á distância faz sentido. O céu nos teus olhos mais escuros, a nostalgia e o desejo. A lágrima de emoção e o esgotamento físico, a entrega por sentir-se parte e poder sentir-se até á última gota de ar.
Disse uma vez e repito "não te salves", onde vamos?
Entretanto em transes de palavras, as chaves nos lábios, as cores imortais, como laços e relâmpagos, iluminamos os céus e a reciprocidade funde na intensidade.
Será melhor não deixar que os gritos se vão, e que a recordação volte. Presos ao passado para não voltar, mas sim para saber, que estive ou estivemos ali, de certeza.
Quantos morreram por voltar?
...
O verão nos lábios, ainda nesta primavera tribal, assassina de sonhos sedentos, por ver-se florescer em corpos inocentes, presos ás suas palavras e desejos incompreensíveis, encriptados em códigos, dormindo antes dos olhos. Cidadãos ilustres deste jardim onde o sol amanhece por palavras.
Lábios de primavera neste verão tribal onde a chuva volta e o tempo enublou.
Voar ao fundo.
Inflamar-se no mareio sem descanso.
Quero voar e recorrer o rio da vida.
Olhar-te nos olhos e desenhar a história.
Ver as minhas lágrimas nos teus olhos e uma mariposa como acorde universal.
Quero gritar no mar
Naufragar nas tuas mãos até ao futuro,
não tenho respostas
nunca te vi chover
nunca te ouvi gritar
nunca toquei o céu com as mãos.
Quero voar ao fundo.
A sinceridade nos sonhos, a paixão por desfazer a memória.
eu acredito na loucura
eu respeito a loucura
eu temo a loucura.
A cadência está aqui,
as incoerências dentro, bem dentro.
Vertigem: transtorno do sentido de equilíbrio, caracterizado por uma sensação de movimento, rotatório do corpo e dos objectos que o rodeiam.
Assombroso!!
As tuas palavras o espírito, descritivo da improvisação.
Penso no refúgio doce como circunstância do relato.
Essa capacidade de caminhar sobre a água como um navegante, esta é a sensação de ouvir o frasear que condiz com o silêncio.
O mapa, o caminho de um comboio subterrâneo, que retém e amplifica um som mágico.
Fé. Prenda de luz.
Enlouquecer em ruídos nocturnos, empragnados de prazer,
na rua sobrevoam os fantasmas, e as queimaduras dos cavaleiros e acende-se o perigo, perante os olhos suicidas dos sonhos...
...as palavras.
A sinceridade nos sonhos, a paixão por desfazer a memória....
15 de junho de 2007
...
Dizem que quando o céu escurece o suficiente, aparecem as estrelas,
na noite fria, sento-me a ver o tecto celeste e tomo um chá...
na noite fria, sento-me a ver o tecto celeste e tomo um chá...
VOLTAR
Tinha de ir para voltar, começar a caminhar para não poder parar, esquecer de olhar pela janela, tapar a minha cara com o vento. Esse vento suave, que acaricía, que refresca, tinha que ir para longe de mim, para longe poder olhar a pessoa indefesa que não podia voltar.
Voltei sózinha do deserto pelos meus trilhos de areia, que ainda não se tinham apagado, mas em frente a mim há um sol deslumbrante...
Voltei sózinha do deserto pelos meus trilhos de areia, que ainda não se tinham apagado, mas em frente a mim há um sol deslumbrante...
SIM?
Mil gotas de chuva, mil palavras reais,
Tanto, tanto não quis enganar-me,
Como tanto, tanto tempo,
Quanto mais, poder gritar, rir, sentir prazer
Quanto mais poder chorar?
Já não há lugar a perguntas
Quando a essência se desintegra
Fundindo-se no vento...
Tanto, tanto não quis enganar-me,
Como tanto, tanto tempo,
Quanto mais, poder gritar, rir, sentir prazer
Quanto mais poder chorar?
Já não há lugar a perguntas
Quando a essência se desintegra
Fundindo-se no vento...
Não
É provavél que apesar dos dias, não se aprenda nada. Porque há vezes em que o mundo gira e rega com veneno os corpos, que transformam o dia em pesadelo.
Não se faz outra coisa, que seja pensar nos motivos, nas razões.
Não existem imagens claras, que ajudem a fechar a porta, existem sim recortes que parecem velhos de tanto que vão e voltam.
Vê-se o calendário, só passaram uns dias.
Parece que não se aprende nada...
Não se faz outra coisa, que seja pensar nos motivos, nas razões.
Não existem imagens claras, que ajudem a fechar a porta, existem sim recortes que parecem velhos de tanto que vão e voltam.
Vê-se o calendário, só passaram uns dias.
Parece que não se aprende nada...
1 de junho de 2007
Rodrigo Leão: "voltar"
Manhã cinzenta faz-me chorar
a chuva lembra o teu olhar
as folhas mortas caiem no chão
a dor aperta o coração
quanto eu não daria
para poder voltar atrás
volta pró meu peito
daqui não saias mais
perdi-me amor para te encontrar
na solidão do teu olhar
no teu olhar se perde o meu
tambem no mar se perde o céu
quanto eu não daria
para poder voltar atrás
volta pró meu peito
daqui não saias mais
volta pró meu peito
daqui não saias mais