24 de novembro de 2009

ISABEL



















Melhor é impossível, todos te adoramos.

Em cada nascimento, há em ti um novo mundo.

MULHER FANTÁSTICA.

Bjs.









20 de novembro de 2009

Bus 76

O bus 76 transporta-me ao Museu do Louvre,
Cruza metade de Paris.
Sento-me na parte traseira e observo,
as cores e as paisagens urbanas.
Gosto da cor verde mármore e dos assentos,
o verde suave dos painéis e das paredes e o cromado nas barras.
Da beleza dos anúncios franceses.
observo nas calçadas as caixas de frutas expostas
num multicor da natureza morta.
Portas e janelas vistas em mil filmes franceses,
casas tipicamente francesas, telhados franceses,
cafés parisienses com diminutas mesas
onde comem pessoas apressadas.
Tudo isto vejo desde o Bus 76
Um negro arrumado senta-se ao meu lado,
muito francês.
Não, não é como esses negros americanos, elegantes,
vestidos com fatos multicolores.
Depois duas mulheres árabes com a cabeça coberta
sorriem e falam animadamente. Não as entendo, claro está.
Outra encantadora mulher de meia idade, parece-me hindu.
Bela, elegante, com uns imensos olhos negros, lê um livro em francês.
Mais à frente na fachada de L'Hotel de Ville
sobem duas musas ruivas
de olhos azuis e sorriso branco
e um rapaz moreno que lhes fala, parece-me russo.
Ou polaco.
Ou checo.
A rua Rivoli é sempre linda
cada vez que passamos em frente ao Hotel Meurice
há um piscar de olhos cúmplice como porteiro engalanado.
E as meninas russas.
E o rapaz árabe.
E o elegante preto francês.
De boa nos livramos, livrai-vos, que eu não tanto...
Sou portuguesa e nasci a meados dos sessenta.
Louvre, fim do trajecto, o sol é calmo nesta manhã de Março.
Respiro este ar parisiense tão fundo como posso
e ao deixar o 76
digo fora de contexto:
amemos mesmo nas nossas maiores incertezas.
As adolescentes caminham felizes até ao Sena.

16 de novembro de 2009

James - Out To Get You (live)

Ficou o gosto pelo James depois de o ver ao vivo em Setembro 2008.
Este tema é soberbo.

Duboko divan.




I'm so alone tonight
My bed feels larger than when I was small
Lost in memories, lost in all the sheets and all old pillows
So alone tonight, miss you more than I will let you know
Miss the outline of your back, miss you breathing down my neck
All out to get you, once again, they're all out to get you, once again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you, I need you

Looked in the mirror, I don't know who I am any more
The face is familiar, but the eyes, the eyes give it all away
They're all out to get you, once again, they're all out to get you
Here they come again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you

Let me breathe, if you'd let me breathe
They're all out to get you, once again, they're all out to get you

15 de novembro de 2009

Vouzela, 19 de Maio de 1968

Quisera eu que as imagens

Transpusessem os instantes

Vouzela, 19 de Maio de 1968

A Flor Também me Nomeia...



Mãe....
temo o nome que me deram,
porque o meu nome é
impossível de ser anjo.

11 de novembro de 2009

Perfeito Vazio


Perfeito Vazio

Aqui estou eu
Sou uma folha de papel vazia
Pequenas coisas
Pequenos pontos
Vão me mostrando o caminho

Às vezes aqui faz frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no Vazio
As vezes aqui faz frio

Sei que me esperas
Não sei se vou lá chegar
Tenho coisas p'ra fazer
Tenho vidas para a acompanhar

Às vezes lá faz mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio

(lá fora faz tanto frio)

Bem-vindos a minha casa
Ao meu lar mais profundo
De onde saio por vezes
Para conquistar o mundo

Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
No teu peito vazio

Será esta uma das melhores canções dos Xutos? Caracteriza algum momento da vossa vida esta música?

Opeth- In My Time Of Need



I can't see the meaning of this life I'm leading
I try to forget you as you forgot me
This time there is nothing left for you to take, this is goodbye

Summer is miles and miles away
And no one would ask me to stay

And I should contemplate this change
To ease the pain
And I should step out of the rain
Turn away

Close to ending it all, I am drifting through the stages
Of the rapture born within this loss
Thoughts of death inside, tear me apart from the core of my soul

Summer is miles and miles away
And no one would ask me to stay

And I should contemplate this change
To ease the pain
And I should step out of the rain
Turn away

At times the dark's fading slowly
But it never sustains
Would someone watch over me
In my time of need

10 de novembro de 2009

Esta maneira de ser e de estar na vida, tem efeitos que fragilizam em muitas situações mas, fazem uma pessoa estar atenta aos pormenores quase imperceptíveis que, depois, se metamorfoseiam em momentos, lugares, e pessoas inesquecíveis. Vale a pena. A alma cheia de olhos fechados, é das coisas que mais gosto de sentir. A força maior é aquela que mostra fragilidade. Lágrimas, sorrisos, timidez, alegria, momentos…

Tudo, tudo.

1 de novembro de 2009

Amália Hoje - Foi Deus


Não sei, não sabe ninguém

Por que canto o fado

Neste tom magoado

De dor e de pranto

E neste tormento

Todo o sofrimento

Eu sinto que a alma

Cá dentro se acalma

Nos versos que canto

Foi Deus

Que deu luz aos olhos

Perfumou as rosas

Deu oiro ao sol

E prata ao luar

Foi Deus

Que me pôs no peito

Um rosário de penas

Que vou desfiando

E choro a cantar

Se canto

Não sei o que canto

Misto de ventura

Saudade, ternura

E talvez amor

Mas sei que cantando

Sinto o mesmo quando

Se tem um desgosto

E o pranto no rosto

Nos deixa melhor

Foi Deus

Que deu voz ao vento

Luz ao firmamento

E deu o azul

Às ondas do mar

Foi Deus

Que me pôs no peito

Um rosário de penas

Que vou desfiando

E choro a cantar

E pôs as estrelas no céu

E pôs as estrelas no céu

Quem fez o espaço sem fim

Deu luto às andorinhas

Ai e deu-me esta voz a mim

Fez poeta o rouxinol

Pôs no campo o alecrim

Deu as flores à primavera

Ai e deu-me esta voz a mim