1 de setembro de 2007

NoiteS

Este texto não é meu, não.
este texto quero que o leiam.
este texto tem muita magia.
este texto este texto é poesia.


Jogar a conjugar-se
sei jogar a conjugar
sei jogar a jogar com
com jogar-se a jogar
com jogar a jogar-se
conjugar-se a jogar.


Quantas vezes sentimos frio na alma e desejaria-mos que o jogo nos queimasse, que nos faça cinza até ao mais profundo da essência?
Quantas vezes passamos luas a chorar, desfazendo o corpo em lágrimas.
Tantas!!
E quantos desses momentos pensamos na necessidade de ter uma palavra que nos acaricie, que toque o nosso ser, que nos encha de paz, cor e amizade?
Nessecidade de palavra, de verbo, de Verbo Conjugado.
Jogar a conjugar-se, a deixar-se conjugar, a ser verbo e mil palavras mais.
Sair do jogo e ligar-se à realidade e desligar ao dar conta que não serve.
Voltar a jogar como na infância, quando nos fogem as coisas e as procuramos, mas já é diferente, não as encontramos.
E já não temos as soluções.
Temos palavras, e temos olhos que as leêm e vozes que nos contestam.

Todas as noites
todas as palavras
todos os poemas
todo o verbo conjugado.

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