29 de agosto de 2007

A princesa cansou-se de "era uma vez"

destruiu os relógios

baralhou as página...

e o fim foi o princípio.

26 de agosto de 2007

25 de agosto de 2007

Um Pouco de Mim

  • Sou sportinguista.
  • Gosto de música ao vivo.
  • Digo que não gosto do meu cabelo, mas no fundo agrada-me.
  • Fascina-me o odor da chuva na terra seca.
  • Chocolate é a tentação.
  • Gosto mais de procurar formas nas nuvens do que nas estrelas.
  • A minha bebida preferida é a água.
  • Costumo chorar ás escondidas e a maioria das vezes não é por tristeza.
  • Analiso muito os pequenos detalhes da vida.
  • Custa-me muito escrever de forma corrosiva.
  • Tenho facilidade em fazer trabalhos-manuais.
  • Entusiasma-me aprender.
  • Por outro lado tenho uma pequena frustração, não ter memória para recordar tudo.
  • Gosto de ler.
  • Sou apaixonada pela fotografia.
  • Gosto mais de um sorriso de que "uns lindos olhos".
  • Adoro quando me fazem massagens.
  • Sou louca por feiras artesanais.
  • Chama-me a atenção tudo o que seja azul.
  • Posso passar horas a olhar e a escutar o mar.
  • Vejo pouca televisão.
  • Só mesmo: telejornais, desporto, programas culturais.
  • Não leio jornais.
  • São poucas as pessoas de olhos claros que me atraem.
  • Há muitos anos que não tenho pesadelos.
  • Mas vivo um diáriamente.
  • Todas as estações do ano têm uma enorme beleza.
  • Mas prefiro a primavera.
  • A minha mãe é presença fundamental na minha vida.
  • Não posso evitar estar sempre ocupada, sou muito, muito activa.
  • Sofro de hiperactividade.
  • Admiro pessoas empreendedoras.
  • Amo os meus verdadeiros amigos.
  • Uma boa tertúlia á mesa do café, é algo que não dispenso.
  • Gosto de copiar desenhos e juntá-los á frase de uma canção.
  • Produzo adrenalina em excesso.
  • Tenho por isso uma ansiedade maior.
  • Não sou muito demonstrativa.
  • Se não tiver uma certa confiança nas pessoas.
  • Daria a vida pelos que amo.
  • Adoro viajar.
  • Recordo os retratos em mim e na minha humilde escrita.
  • Escrevo sempre o que sinto.
  • Não suporto a MENTIRA.
  • Não gosto que na amizade trabalhem em paralelo comigo, prefiro ser excluida.
  • Sou deveras radical.
  • Odeio limpar o pó.
  • Adoro ver filmes.
  • Sou muito auto-exigente ( em demasia) comigo e com os outros.
  • Nessecito urgentemente de comprar um disco rígido para ampliar a minha memória.
  • Gosto imenso de cozinhar sem receitas, inventar pratos.
  • Viajem da minha vida: percorrer o mundo.
  • Amo o céu estrelado fora das cidades.
  • Gosto do circo.
  • Não acredito no destino.
  • Mas sim nas casualidades.
  • Creio nas almas.
  • Emociono-me quando vejo um casal de idosos.
  • Gosto de andar de bicicleta, patins.
  • Tenho uma personalidade um pouco antagónica, já que sou oposta em vários aspectos.
  • Gosto mais de dar que receber.
  • Só tiro o relógio para dormir.
  • Dependo do tempo.
  • Últimamente custa-me redigír textos, dos relatórios que tenho de apresentar sobre determinados casos.
  • Odeio a era do celular.
  • Dependo da tecnologia, mas vivia de uma forma mais simples sem ela.
  • As minhas sapatilhas são sempre New Balance.
  • Dá-me vontade de rir quando a moda consegue que muitas pessoas vistam coisas horríveis.
  • Os livros são o meu maior tesouro.
  • Adoro caminhar descalça na verão.
  • Descalçar-me no café e colocar os pés sobre uma cadeira.
  • Costumo guardar muitos pensamentos.
  • Tenho verdadeiros amigos fora do país.
  • Espanha, França, Sérvia, Itália, etc.
  • De quem tenho saudades.
  • Gosto demais, e vivo intensamente as coisas e as pessoas.
  • Sou ingénua em muitas situações.
  • Sou das mães mais liberais que possam existir.
  • Sou repreendida pelos meus filhos.
  • Porque pareço uma criança autêntica, ainda hoje gosto de tocar ás campaínhas e fugir.
  • Faço dos disparates mais incríveis.
  • Espero morrer enquanto durmo, mas dentro de muuuuuuuuuuiiiiiitooooooooos anos.

23 de agosto de 2007

.....

Eu não quis acreditar, mas estava lá, gostei de ver, por incrível que pareça até me diverti. Como existem mundos, classes, mentiras, engraçado.... Não que eu não saiba, porque a experiência a nível da investigação ajudou-me a ver para além de tudo o que se me apresenta de tudo o que se diz, a ver a distorção da palavra. Continuo a rir e a pensar, são pessoas como tu que me ensinam, e eu agradeço.
Uma vez mais o meu muito obrigada,
Irene

16 de agosto de 2007

Quadro Surrealista dos Sentidos

Uma vez mais a locomotiva da vida, faz a sua paragem na estação que mais gostamos, cujos sentidos repentinamente se vêm inundados de cores vivas e radiantes que desconsertam a mente, obrigando-a a render-se pacificamente perante o exercício de sensações primaveris.
As portas da carruagem gelada do inverno abrem-se e com os musculos ainda entrupecidos pelas remeniscências de um Agosto insípido começamos a transitar pelo caminho até que nos brinde um passo para a liberdade na companhia de tardes cálidas e ocasos temperados por uma tranquilidade acolhedora.
Milhares de fragâncias doces brindam desde o outro lado do muro, convidando-nos a embriagar-nos com o emplangoso perfume de novas flores desejosas que alguém pose a sua atenção nelas.
Dos motivos naturais do lugar resultam verdadeiros óleos impossíveis de copiar inclusíve pela mão do melhor artista, e com o seu caleidescópico esplendor conseguem que a simbiose com o nosso sentido visual seja um transe total.
Uma brisa suave propicia leves carícias no nosso rosto e vai tirando os vestígios de maus tratos pela crueldade do frio, sussurrando-nos ao ouvido a formula para uma felicidade da alma que guarda ao passar da esquina, passando o molinillo metálico.
Perante tanto espectáculo de diversidade cromático-sensorial, torna-se dificil não sucumbir perante o abismo de prazeres incorpóreos, drogado por substâncias de ausente presença física, mas tão pontiagudas como os espinhos de uma rosa. Há que ter a preocupação de não se marear pela incesante dança de nuances e tonalidades; de não perder o equilibrio antes de alcançar o ponto assinalado e cair nas vias da ausência emocional.
O pequeno mecanismo de aspas metálicas recebe um banho de sol que o tinge de uma coloração ouro-fogo, ao mesmo tempo aguarda ansioso para manosear-nos a cintura um instante antes de atravessarmos o portal para a existência de libertinagem total: sem absurdos medos pessoais, sem inúteis dúvidas da mente, sem veementes vacilações do ser. De consenso absoluto com cada um, de harmonia com o que nos rodeia... de eterna primavera.
A poucos metros de chegar a melódica serenidade, interrompe-se por um estridente assobio que ecoa nos tímpanos como um chilrriar infernal. Trata-se do sinal que nos diz que é hora, para que a viagem prossiga, de subir novamente a carruagem para alcançarmos outra paragem longe no horizonte. É que nunca chegaremos a compreender que a existência da nossa rotina é circular, e que por mais vontade que tenhamos de sair dela sempre responderemos a esse assobio endiabrado que nos instiga a prosseguir com a repetitiva ordem imposta pela natureza.

Mike Oldfield - To Be Free

You find yourself alone, sometimes
Without a home, no protection
You don't know which way to go
You're lost, no direction

(then) Suddenly, out of the blue (the printed lyrics include 'then', but it's not in the song)
Some kind of magic comes to you
You don't know how, you don't know why
But someday, gonna take off, (and) fly (again, this 'and' is written there but isn't actually sung)

(wish, make a wish)

My wish would be...

To be free
To be wild
And to be
Just like a child
And if I get lost
I really don't mind
Cos I'm me
Doing just fine

You're out in the cold, sometimes
As far as you can see, misty
And you want to run, into the sun
The road is lost, sand shifty

(then) Suddenly, out of the blue
Some kind of magic pushes you through
You don't know when, how or why
But someday, gonna take off and fly

And if I had a wish, my wish would be...

To be free
To be wild
And to be
Just like a child
And if I get lost
I really don't mind
Cos I'm me
Doing just fine

To be free
To be wild
And to be
Just like a child
And if I get lost
I really don't mind
Cos I'm me
Doing just fine

To be free
To be wild
And to be
Just like a child
And if I get lost
I really don't mind
Cos I'm me
Doing just fine

Just like a child

9 de agosto de 2007

A essência das mãos perdidas, procurando os teus lábios sedentos para provar a chuva

Tudo é desejo.
Tudo é ansiedade de ser.
Depois:
A procura.

Naufrágio de olhares perdido
E pétalas fundidas em lágrimas cor do tempo.
Uma sombra e uma flor.
O fogo.
O fogo do amanhecer emerge do mar.
Uma pérola esboça versos no céu.

Outra vez a morte por cenário
Tudo isto por um livro
Tudo isto por uma alma.
Tudo é o amor do tempo
Tudo é o passo do tempo
Tudo nas suas mãos é o vento.

A procura…
Isto é a procura
E as lágrimas que vêm por ele.

Não se procura.
Está-se numa procura constante, sim:
De perfumes
De aromas
De odores
De cores
De visões
De lugares
De divagações
De pulsações
De paixões
De ilusões
De calores
De canções
De emoções
De razões
De expressões
Das flores
Da essência
Do coração que se nutre e se rega de tudo
E se funde e se regenera
E outra vez sentir-me assim
No mar, na busca constante de…
Desarmar
Deslizar
Deslumbrar
Desfilar
Destronar
Destroçar
Desgarrar
Desterrar
Desfazer
Desacreditar das minhas palavras e dos versos
E dos verbos que conjugo no tempo,
Mares de letras e sonhos
Sedentos por ver à porta o sol.

O fantasma dos lábios.
O desejo dos lábios.
O sabor de uma boca no verão.
O licor de saber dizer que não.

7 de agosto de 2007

Princípios de Incerteza



A nostalgia aparece como mescla de recanto e dor, é uma das raízes que mantém ancorada a escrita.
Não sei em que momento se sente a nostalgia que fisícamente aparece e causa estragos, é uma possibilidade escapar ou guardar o factor incerteza, até que passe o simulacro de pertéritos ideais.
A nostalgia faz reviver e viajar, percorrer infinitas realidades e ter o valor suficiente uma vez falecidos os sorrisos.
Desconhece-se o nível das conclusões, das razões elaboradas, vive-se só um dia, voando contra as paredes de uma casa em vez de encontrar os seus céus. Poucas certezas da posição/momento, desconhece-se quando cai uma gota na testa, para que se possa desígnar como chuva ou se o espelho retrovisor do carro é adquado para falar do passado. A energia/tempo aflorando desde o indicador metereológico todas as manhãs.
É difícil medir certas conjugações dentro de uma equação aplicada desde a física.
Quem sabe, se sabe menos que ontém, e pode continuar a fechar a escrita, guardando a câmara fotográfica para não congelar almas; pode ser que continue da mesma maneira ou que caminhe, que vá para longe e não deixe de voltar. Pouco se sabe a quanto equivale a nostalgia.
Se a um torrão de açucar ou um guarda-chuva sem chuva. Sente-se a nostalgia do que não se viveu.
Não sei em que cenário se encaixará.

6 de agosto de 2007

Vento

O vento acontece de passagem
e leva-os pelo caminho de mãos dadas nas dunas,
á revolução do prazer.
Só alguns pontos de vista, fazem valer a pena
os segundos que passam e desaparecem com o tempo,
crueís os sepultados em silêncio de risos e morte.
A frustração de cair pelos erros e desgaste de ser o mesmo gérmen
comunicam pelo flanco sob uma luz ténue desafiando o destino
numa ilha de referência.
Imagino rajadas de areia e chuva que pesam sobre a terra,
utópicas imagens de victímas da verdade meramente humanas.
Os fios cozem os lábios de um pesadelo, vivos como beijos na memória
e grátis por não querer morrer.
Regras sem lei das atrocidades mentais
super povoadas de silêncio, das marcas extremas nas escotilhas rumo
ao mar.
Sobre a tua coberta vi luares rasgados e gestos de excitação e
voltam os ecos a chamar-te.
Mentira, fugistes do sonho ajoelhado a teus pés.
Estranho a tua voz, como alegria de canibal e fantasma
do desespero anacrónico furtivo e pessoal.
O ódio que personaliza o sujeito e a sua conduta
tão só olha a introspecção e simplesmente é o caminho
do universalismo infame na genética do céu na minha boa
entrevista com a amargura.
São os relógios que atrasam a despedida e me desvaneço na tua
magia, sumindo em contos
reclamo o milagre ao vento de voltar.

2 de agosto de 2007

Sobre Canções Amenas

"Ela despe-se no paraíso da sua memória
ela desconhece o feroz destino das suas visões
ela tem medo de saber nomear o que não existe"

Alejandra Pizarnik


Sala de espera de uma geração, sabor a nostalgia divína. Um fragmento do universo uma parte, havia o sol de uma manhã, ilumina-me a sede.
Falar de escutar o silêncio é uma verdade.
Saber que há gestos traçados no ar, e caminhos na pele é uma realidade.
Desejos e flores de jardim,
Beijos de Julho, a procurar obscuridade, sombra da escapatória.
Arde.
Arde-me sim, como um jogo.
Numa novela é sempre a magia o centro da atenção. A mudança aqui é a ponte da minha inspiração. São os olhos e a contradição de nomear o fantasma do desespero.
Escuto na voz ventos de liberdade, ares puros, como sussurros e sorrisos de luz.
Vou pela lua e escuto o silêncio.
Sabes?
Sempre espero um eco da desolação, é o medo ao fantasma á desilusão.
Vertigens, por não saber falar.
Rompe-se o esquema que desenha bocas sobre a tua boca.
Uma flor.
Uma vez tive um sonho.
Uma vez disse que não era para sempre.
Uma vez senti o cansaço.
Uma vez saí a correr.
Uma vez meditei no inverno.
Uma vez no jardim desenhei nomes olhando o interior.
Suplicios, (eu sei) sobre canções amenas.
Dar o lugar inspira, e a agilidade dizem que previne.
Cair na fronteira dos beijos intempestivos do caminho. Momento crítico.
Porquê assim?
Porquê...?
Assim surge a voz que declara a vida, e na contradição não quere perder-se.
Quer perder-se, não quer cair.
Quer perder-se, não quer morrer.
Quer perder-se, não quer encontrar-se.
Conheço a história, vento púrpura...
Há um fantasma.
Há uma sombra.
Há poemas no mar.
Há palavras