30 de julho de 2008

Orgasmo


Invoco todas as coisas belas do Universo
para que habitem em mim
agora
tremem
(dentro de mim)
possuem este pedaço
de alma
de vida
Respiro e
deixo-me ir
(dentro de mim)
Escuto a música, alento que tu compartes,
vibramos
em um mesmo tempo
em um mesmo espaço
vamos em distintas dimensões
fechamos em nós mesmos
projectamos o nosso ser
No final há tranquilidade,
paz, morte, para depois
(fora de mim)
renascer com um beijo
que me faça feliz.

29 de julho de 2008

Tenho?...

Tenho tanto que ocultar,
não encontrei um manto
nem um vestido largo que oculte
os meus defeitos.
A cobrir mãos e pés,
pernas, ancas,
cobrir o corpo dos olhares,
também
Não devo deixar transparecer os meus medos
Quero cobrir os pesares
para que não caminhem sem rumo.
E as minhas palavras...
essas com que as cubro?
As minhas lágrimas
alguma vez
cobriram a minha pele?
alguma vez?,
e quem as cobrirá a elas?
Quem
me transformará em erva selvagem
para manter-me coberta pelo vento.
E as minhas mãos?
foram-se
ocultando debaixo de temores esporádicos
Meus pés…
meus pés,
debaixo de tantos calos
rugas e cinzas
E o aroma íntimo de mim?
coberto vive
enquanto decides
escutar um bolero.
Escucho palabras llena de un terror verbal
de descubrir y presentarle a mi sombra
historias nuevas para inventar.
Una semilla entre mis manos recibe el calor del sol
quizás con el tiempo un árbol logre ser yo.
Subo las escaleras sin que nadie me obligue a hablar
sólo viajo en un tiempo llena de oscuridad.
Sigo escuchando palabras, con más miedo que ansiedad
son ramas dentro de mis ojos que no recogen sus hojas para poder la luz encontrar.

Momentos

"Tudo que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes,
certamente acontecerá uma terceira." Paulo Coelho

15 de julho de 2008

19 / 19

Henrique / Luis

7 de julho de 2008

Double-Face

Double-face

N’ inventes rien du tout.
Regarde le visage.
Regarde le miroir.

C’ est toi.

Renverse le miroir.
Vois son revers.
N’ inventes rien du tout.

C’ est toi.

Traverse le miroir,
Traverse-le intempestivement.
N’ inventes rien.
Regarde seulement les deux côtés.

C’ est toi.

Ne dites rien.
N’ expliques plus.
Ne théorises pas.
Ne regardes quoi que ce soit.

Guettes, seulement.
C’ est toi.

Est-ce que tu ne comprends pas
Comment tu peux te regarder
Comme ça, toi même ?

Un visage crache
Sur l‘histoire de la Littérature
Sur son visage.
Et dit.

Dit quoi ?

Dit l’ explosion des cristaux d’ argent
Des minuscules cristaux
Sur la face vieillie de la vérité.

Une vieille est devenue folle
Et regarde, regarde éternellement
Dès la face opaque du miroir.

C’est toi.

3 de julho de 2008

Paixão é fotografia!!