6 de novembro de 2008

Na irreal distância do aparente que pode ser a poesia e a musa
fica a linha indistinta da palavra unida.
o rastro o cheiro a sombra e a língua do logos.
o sabor é um quase verbo e a essência a silenciosa verdade.
v a d i a.
________________até ser outro o dia._______nomeável e ontológico.

e já não sei da inversão dos signos. nem se me apetece ser outra vez a dança debaixo de uma pauta de música. inverno-me. outras vozes fruem do vento enquanto os frutos se esmagam ao canto de uma página sem memória.

vou. nem sequer por aí.
_________antes na forma de uma sílaba invisível de traça rítmica. infrutífera ascenção de um arcanjo na garganta. o caminho é barco encalhado no sangue.e a mão um veneno errático.

1 comentário:

JJ disse...

É eterno o prazer do silêncio que ocupa todo o anteceder de um novo dia,
permite-nos interpretar essências desconhecidas e reconhecer vibrações únicas em belezas indeléveis.
Formas, indescritíveis e intemporais, não ancoradas na Palavras.
É assim também a essência do meu Eu, presa no físico, solta e vadia no entanto.

Bonito, amiga, este poema!
Parabéns.