5 de outubro de 2009

O tempo não volta #3

Na profunda esfera da noite,

Quando a ira se desvanece em chuva

E as palavras são território do esquecimento

Aparece o lugar sem nome

Donde se abre certa esperança.

As horas silenciosas e ilimitadas

Atravessam praias negras e vazias

Donde não deixa folhas a espuma do mar.

Sai da sua prisão, por fim, o canto

Para encher ecos da memória.

Na calma espera do amanhecer

Ouvem-se voos de gaivotas e sinos

E cantos puros de distantes vozes

Evocam a luz do novo dia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá...

Dá uma espreitadela no meu blog ;)
www.ocantinhodamimi.blogspot.com

Beijos*