Estender a mão todas as manhãs.
Andar em estradas de
terra.
Acariciando a casca de uma árvore.
Escrever com caneta.
As primeiras páginas de um livro.
O cheiro de café que vem de repente e se torna desejo.
Olhar através de uma janela.
O silêncio da noite, quando todos dormem.
Um revolto prato de batatas.
A poltrona favorita, chama em todas as horas do dia.
"Sente-se,
sente-se", disse.
Os desenhos animados em família.
Redescobrir filmes que
quase tinha esquecido e rir novamente
com as mesmas cenas então.
As borboletas no estômago quando a minha equipa entra em
campo.
A relva recém-cortada.
Acariciar um cão.
Falar de livros.
Sabendo que a memória é uma memória com partilhada.
Desfrutar dos desenhos aos quadradinhos quando criança.
Trilhos de emoções que
levam a um poema.
Ter uma tarde livre
para se perder, em café,beijos e uma tarte chocolate.
O nu feminino, sempre imprevisível e mágico.
A contemplação hipnótica do fogo.
Acordar no meio da noite e ainda três horas para
levantar-se.
O travesseiro, que sempre entende.
Ouvir novamente “Trilhos”
e verificar que o tempo não se gastou.
As folhas das árvores.
A água quente no chuveiro nas costas.
Água gelada e viva do
rio nas mãos.
Que não dói nada.
Abrir um velho livro em traços aleatórios e encontrar rastos
perdidos de outras vidas.
Uma carícia no pescoço.
Regressar a casa.
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