10 de novembro de 2007

Escreverei

"O teclado nas minhas mãos, acumula uma ambição entre os dedos. A ti vou escrever-te, só a ti. É a ti a quem dirigirei, o olhar das minhas letras. Vou-te escrever e o farei literalmente nua, não haverá telas de seda para a alma. Vou-te escrever com o pequeno ritual de sempre, boa música, um copo de vinho e coisas sentidas. Escrevo-te e admito que neste instante me dóis. Não quero ser alheia á alegria e á tristeza. Porque a vida também está composta dessas duas coisas. Minha maneira de dizer será a tua? Não sei nem tenho estilo para isto, simplesmente será o que me quiseres presentear... Não haverá artifícios, nem disfarces, nem sequer para as vaidades. Só me conformo com os teus olhos, esses olhos que precorrem em silêncio a leitura. Olhos cúmplices e sinceros que procuram as suas palavras entre as minhas. Escolhi olhar o mundo, olhar sem contar as ausências do presente passado. Existem demasiadas coisas belas, como para pertencer á raça dos cobardes e absolutos, onde encontram no silêncio a voz alheia, a forma de não enfrentar realidades, renunciando ao que dita a razão e o coração definitivamente, essa...essa não é a minha raça.

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