3 de maio de 2008

Deixa-me Rir

Deixa-me rir
essa história não é tua
falas da festa, do sol e do prazer
mas nunca aceitaste o convite
tens medo de te dar
e não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
tu nunca lambeste uma lágrima
desconheces os cambiantes do seu sabor
nunca seguiste a sua pista do regaço à nascente
não me venhas falar de amor
Pois é, pois é
há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor,
o que vai dizer Segunda Feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
de que falas com tanto apreço
esse curioso alambique
onde são destilados
noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou entao deixa-me entrar em ti
ser o teu mestre so por um instante
iluminar o teu refúgio
aquecer-te essas mãos
rasgar-te a máscara sufocante
Pois é, pois é
há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor,
o que vai dizer Segunda Feira

Jorge Palma

1 comentário:

Anónimo disse...

deixo-te rir e entrar e mim...ja és minha mestre. Adoro este blog.

Tsr