18 de janeiro de 2009

Fora de Tempo


Não é pacífico mas consegue-se viver o lado morno da vida.
Nos dias mais frios remexem-se as incertezas, nos mais quentes sublinham-se-lhe os contornos…
Deseja-se uma coragem que não se tem, uma honestidade que não se consegue.
Corpo e alma atormentados, aprisionados em vidas que não somos capazes de rasgar.
Quebrarmo-nos, e escolhermos uma parte de nós, não é tão fácil como poderia ser se a vida nos confrontasse num outro tempo.
O tempo certo.
Quando tudo é claro e inofensivo em vez de ser uma batalha.
Sente-se na pele a felicidade que vivemos como sendo relativa.
Pequena quando comparada com a que ansiamos verdadeiramente viver.
E nós?
Nós descobrimo-nos muito mais vulneráveis do que acreditávamos ser.

2 comentários:

Anónimo disse...

Passamos o tempo a pensar nos outros, a ajudar os outros, a dinamizar o que são os outros e nós? Quando damos por nós somos quase o antagónico do que deseja-mos aos outros, mas a nossa consciencia de criadores, faz-nos crer que afinal fizemos bem o nosso caminho e continuamos estrada fora...(foi esse um momento de desabafo?)

Rs

Slatkavoda disse...

São momentos todos eles com um significado